Desenvolva a neutralidade e a observação. Os índios chamam isto de “visão da águia”: sair voando de dentro do burburinho dos eventos e, de cima, com uma perspectiva ampla, observar os acontecimentos sem identificação ou julgamentos. Ou, em outro exemplo: sair de dentro do rio caudaloso de nossa vida - onde estamos imersos até o pescoço - sentar na margem e observar. Quando dentro do rio, imersos até o pescoço, qualquer ondinha nos parece um vagalhão, mas quando nos sentamos à beira do rio, a ondinha novamente vira ondinha, e aí podemos ter uma perspectiva mais correta e um envolvimento menos sofrido com as coisas.
Isto desenvolve uma profunda consciência da relatividade dos pontos de vista e, por conseguinte, o redimensionamento da nossa identificação e envolvimento com a transitoriedade da vida.
Por Ernani Fornari.
(Trecho do texto "15 Dicas para viver uma vida mais consciente, plena e equilibrada")
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