Sofrer ou ser feliz é uma escolha pessoal, depende de como se olha para os fatos e para si mesmo. Se em uma crise eu me olhar no espelho e ficar dizendo o quanto aquilo tudo pesa, como é triste meu dia e indagar mil vezes ao mundo POR QUÊ?, então, tudo será realmente difícil. Eu abdiquei das minhas forças, abdiquei do deus que vive em mim. Entreguei-me à revolta e ela me afasta de tudo que é bom e belo; com ela atiro-me à dor e me junto aos que vivem na matéria e fora dela a murmurar contra a vida e a gemer dia e noite. Não preciso morrer para ir ao inferno ou às piores zonas da espiritualidade, eu os chamo para dormir comigo.
A busca a ser feita em momentos de crise é de COMO SUPERAR. E um dos caminhos pode ser o conhecimento e a aceitação das coisas como elas são. É sábio aceitar o que não pode ser mudado e precisamos desenvolver sabedoria em nós para distinguir aquilo que pode e deve ser mudado daquilo que precisa ser aceito. Essa é a escolha entre sofrer e ser feliz. Se aceitamos que a beleza da rosa convive bem com os espinhos, enchemos nossa casa de vasos multicoloridos.
Se aceitamos que a saúde e a doença convivem, optamos por privilegiar a saúde que há em nós e estamos bem. Se aceitamos que a dor e a alegria vivem tão harmoniosamente em nós quanto a rosa e o espinho, escolhemos olhar a beleza do botão. Há luz e sombra em todos nós, e isso é divino. Não fique arrepiado com as trevas, veja que elas só são perceptíveis porque em algum lugar há uma luz acesa. Escolher viver essa luz, colocá-la à frente em nossas vidas, iluminando o caminho, é escolher ser feliz.
Por Ana Cristina Vargas
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